Lúcia e o Sexo

Uma leitura analítica do filme “Lúcia e o sexo”, de Julio Medem.

O filme “Lúcia e o sexo”, de Julio Medem (2001) tem uma estrutura narrativa não linear, na qual passado e presente se misturam, bem como a realidade e sua ficcionalização, pois o personagem principal é um escritor.

O expectador deve ficar atento para desembaraçar tal emaranhado, para encontrar a seqüência temporal dos acontecimentos e assim poder avaliar os atos e suas conseqüências, bem como discriminar o que é a realidade diegética e o que é fantasia e a criação literária.

Feito este trabalho, chegaria a algo próximo ao que passo a relatar.

Seis anos antes, numa bela noite de luar em uma ilha paradisíaca, o escritor Lorenzo, no dia de seu aniversário, faz sexo casual com uma desconhecida. A única informação que ela tem sobre ele é justamente que aquele é o dia de seu aniversario. Lourenço tampouco procura saber quem ela é, que engravida desta relação e passa a procurar o pai de sua filha.

Sem saber da existência desta filha, Lourenço leva sua vida de escritor. Produzira um livro de sucesso e seu agente o pressiona pelo novo livro, que ele sente dificuldades em terminar.

Estando num bar, é abordado por uma moça, Lúcia, garçonete de um restaurante, que se declara apaixonada por ele desde que lera seu livro, quando passara a segui-lo, o que fez com que conhecesse detalhes de sua vida. Impactado, Lourenço se deixa seduzir e inicia uma relação com Lúcia, vivendo um tórrido caso amoroso.

Lúcia diz que perdera os pais e o irmão num acidente automobilístico e fora criada por uma avó amorosa que cozinhava só para ela. Lourenço diz que muito pequeno fora abandonado pela mãe e que ele mesmo cozinhava para o pai, mas este fora assassinado com uma navalhada.

Compartilhe nas redes

Facebook
Twitter
LinkedIn