TRAFFIC

TRAFFIC, filme de Steven Soderbergh O filme TRAFFIC de Steven Soderbergh tem a sobriedade adequada aos objetivos que visam mostrar o problema das drogas em toda sua complexidade, sem os apelos fáceis advindos do moralismo pequeno-burguês e sem se arvorar a propor soluções que, na maioria das vezes, se revelam como simplistas e policialescas. Em Traffic não vamos ver apenas jovens negros fumando crack nos guetos urbanos norte-americanos. Pelo contrário, vemos como a droga penetra completamente a sociedade americana, permeando todos os seus extratos, sem poupar a ninguém. Ela se infiltra desde as favelas até o mais íntimo dos redutos WASP (white, anglo-saxon and protestant), ou seja, a elite detentora do poder. A história se desenrola em torno de três núcleos, formalmente marcados por diferentes tonalidades de cor, efeito do uso de diferentes filtros durante a filmagem. O frio azul para Washington e o jogo do poder, o sujo marrom para as tramóias mexicanas, o pleno tecnicólor para os bairros de luxo da Califórnia onde moram os barões da droga. (…) O texto completo encontra-se no livro “O psicanalista vai ao cinema” – EdUFSCar / Casa do Psicólogo, 2004.

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